A história contada em totens e placas


16/05/2008


“Conduzidas por tropeiros paulistas - principalmente sorocabanos – além de paranaenses, catarinenses, gaúchos e castelhanos, vinham, todos os anos, a Sorocaba, dezenas de tropas de muares (burros e mulas), para serem vendidas na Feira de Sorocaba, que acontecia de março a maio.
Chegavam visitantes e negociantes de todas as regiões do Brasil. A população da cidade triplicava com o maior evento de comércio de mulas do mundo. Sorocaba viveu um período de riqueza, luxo e alegria, nos séculos XVIII e XIX...” 

Agora, essa história está contada em totens que serão espalhados pela cidade ao longo do chamado “Caminho das Tropas”. Com a ajuda da Associação Sorocabana de Letras, responsável pela elaboração dos textos, e parceria da Secretaria da Cultura (Secult), a Urbes – Trânsito e Transportes produziu totens que serão instalados, inicialmente, em seis pontos. 

Os trabalhos de implantação dos postes começaram na semana passada e agora terão prosseguimento já com a instalação das placas. A primeira foi colocada no Largo do Divino, nesta sexta-feira (16). 

Esse é apenas o início de um grande roteiro que merece ser sinalizado para ajudar a contar a história de Sorocaba à população e aos visitantes. “O roteiro vai começa no Largo do Divino, onde foi colocada a placa que revela a história das feiras de muares, que reuniam visitantes e negociantes de todo o país. Outra indicação será na praça Nove de Julho e falará sobre as mulas que eram criadas no Rio Grande do Sul, na Argentina e no Uruguai e trazidas, anualmente, a Sorocaba pelo famoso caminho de Viamão, única ligação existente entre o sul e o restante do Brasil. 

Uma outra placa ficará no Largo de São Bento e trará os relatos de que diariamente, após negociadas, as tropas cruzavam a cidade pelo seguinte caminho: avenida General Carneiro, praça 9 de Julho (Largo das Tropas também), ruas Moreira César, Penha e 13 de Maio, largo de São Bento, ruas São Bento e rua XV de Novembro), ponte, avenida São Paulo, rua Padre Madureira, avenidas Carlos Reinaldo Mendes e 3 de Março, estradas de Aparecidinha e Mato Dentro, em direção a São Paulo pelo traçado da atual “Castello Branco”. 

Também haverá uma placa na ponte da rua XV de Novembro, onde, em 1750, foi instalado o Registro de Animais, um tipo de pedágio ou posto fiscal, onde os tropeiros pagavam uma taxa por cabeça de animal transportado – mula, cavalo ou boi. Era o tributo mais importante para a economia de São Paulo. Também chegou a ser cobrado um imposto especial para a reconstrução de Lisboa, arrasada por um terremoto. 

A praça do Tropeiro não poderia deixar de receber uma indicação. Lá, nós vamos explicar detalhes sobre os donos da tropa, capatazes ou peões, que aparecem no pódio dos grandes heróis nacionais. O cruzamento das avenidas 3 de Março e Carlos Reinaldo Mendes é outro local que será contemplado com uma inscrição do Caminho das Tropas. Nesse ponto, será esclarecido que existiam dois tipos de tropas: as xucras e as cargueiras. As tropas xucras, formadas por grupos de 600 a mais de 1.000 animais xucros, eram, em sua maioria, negociadas na Feira de Sorocaba e levadas a seu destino: Rio de Janeiro ou Minas Gerais, nordeste ou centro-oeste, tomando as estradas na direção de Itu, Tatuí ou São Paulo.

Marcos ao longo do caminho

O engenheiro Gianolla esclarece que além das placas, serão implantados também 25 marcos de sinalização. “A intenção é marcar todo o caminho das tropas, iniciando pelas avenidas Luiz Mendes de Almeida e General Carneiro, passando pela praça Nove de Julho e a avenida Moreira César e pelas ruas da Penha, São Bento e XV de Novembro, até chegar às avenidas São Paulo, Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes e Três de Março”.




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