Greve de ônibus prejudicou milhares de sorocabanos nesta segunda-feira
19/02/2018
Na manhã desta segunda-feira (19), milhares de usuários do Transporte Coletivo de Sorocaba foram prejudicados com a paralisação de ônibus realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sorocaba e Região, mesmo após a retirada da pauta de votação da Reforma da Previdência. Por determinação do sindicato, nenhum ônibus do Transporte Coletivo saiu das garagens antes das 8h. Neste período, apenas alguns veículos do Serviço de Transporte Especial atenderam os usuários que tinham agendamento médico confirmado.
De acordo com a Urbes, os veículos começaram a sair das garagens das empresas concessionárias Consor e STU somente a partir das 8h. O serviço da STU foi normalizado às 9h30 e o da Consor, às 9h50. Desta forma, o sindicato da categoria descumpriu a decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, expedida na última sexta-feira (16), que determinou que 70% da frota do transporte coletivo de cada empresa (Consor e STU) operasse em horários de pico e 50% no entrepico.
O Sindicato deveria seguir as escalas com a programação das tabelas das linhas de ônibus determinada pela Urbes. A multa pelo descumprimento ou pela promoção de violência e/ou depredação de patrimônio público ou privado foi estipulada em R$ 20 mil por dia.
Com isso, a Consor e a STU registraram boletim de ocorrência junto à Polícia Militar (PM) e junto à Guarda Civil Municipal (GCM). Além disso, a Urbes vai autuar as duas empresas pelo não cumprimento da tabela da programação e o TRT será comunicado a respeito do descumprimento da determinação judicial por parte do sindicato.
Terminais amanheceram fechados
Os terminais urbanos permaneceram fechados até que os ônibus começassem a circular. O sistema de transporte possui 107 linhas de ônibus em operação que percorrem a cidade de norte a sul e de leste a oeste. Circulam diariamente nos terminais cerca de 120 mil passageiros, sendo 80 mil no Terminal Santo Antônio e 40 mil no Terminal São Paulo.
A Urbes manteve agentes de trânsito posicionados em pontos estratégicos de tráfego para minimizar os efeitos da paralisação. Em razão do descumprimento da ordem judicial e ausência do transporte coletivo, as faixas exclusivas de ônibus foram liberadas no período da manhã. A central semafórica operou em esquema diferenciado para dar fluidez às vias arteriais. Já os agentes que trabalham no CCO Trânsito (Centro de Controle Operacional) auxiliaram no monitoramento do trânsito através das câmeras instaladas na cidade.